domingo, 17 de abril de 2016

Resenha #70 - Lugares Escuros


Lugares Escuros 
Autora: Gillian Flynn
Editora: Intrínseca
Ano: 2013
Páginas: 416

Sinopse:
     Libby tinha sete anos quando a mãe e as duas irmãs foram assassinadas no «Sacrifício a Satanás de Kinnakee, no Kansas». Enquanto a família jazia agonizante, Libby fugiu da pequena casa da quinta onde viviam e mergulhou na neve gelada de janeiro. Perdeu alguns dedos das mãos e dos pés, mas sobreviveu e ficou célebre por testemunhar contra Ben, o irmão de quinze anos, que acusou de ser o assassino.
     Passados vinte cinco anos, Ben encontra-se na prisão e Libby vive com o pouco dinheiro de um fundo criado por pessoas caridosas que há muito se esqueceram dela.
     O Kill Club é uma macabra sociedade secreta obcecada por crimes extraordinários. Quando localizam Libby e lhe tentam sacar os pormenores do crime (provas que esperam vir a libertar Ben), Libby engendra um plano para lucrar com a sua história trágica. Por uma determinada maquia, estabelecerá contacto com os intervenientes daquela noite e contará as suas descobertas ao clube... e talvez venha a admitir que afinal o seu testemunho não era assim tão sólido.
     À medida que a busca de Libby a leva de clubes de striptease manhosos no Missouri a vilas turísticas de Oklahoma agora abandonadas, a narrativa vai voltando atrás, à noite de 2 de janeiro de 1985. Os acontecimentos desse dia são recontados através da família de Libby, incluindo Ben, um miúdo solitário cuja raiva contra o pai indolente e pela quinta a cair aos pedaços o leva a uma amizade inquietante com a rapariga acabada de chegar à vila.
     Peça a peça, a verdade inimaginável começa a vir ao de cima, e Libby dá por si no ponto onde começara: a fugir de um assassino.







     Lugares escuros, livro da mesma autora de "Garota Exemplar" e " Objetos Cortantes", já virou filme e foi lançado em 2015, contando com Charlize Theron como Libby Day, a personagem principal.
     Dark Places, o título em inglês, conta a história em primeira pessoa da Libby Day, que quando tinha 7 anos, presenciou o assassinato de sua mãe e suas irmãs. Na verdade, Libby "apenas" viu os corpos, o sangue e coisas assim, a cena dos assassinatos em si, ela não viu. Seu irmão, Ben, foi acusado do crime e quando foram perguntar para Libby, ela confirmou tudo.
     Libby vai morar com a tia e acaba se tornando uma criança muito amarga, sem sentimentos bons e muito fria. Esse é o único jeito que ela encontra de lidar com tudo que ela passou tão jovem.

“Eu não era uma criança adorável e me tornei uma adulta extremamente detestável. Se alguém fizesse um retrato da minha alma, veria um amontoado de rabiscos com presas.”
 
     Com 32 anos, Libby continua do mesmo jeito. Quando ela era mais nova, algumas pessoas conseguiram juntar um fundo de dinheiro e é com isso que Libby vive nos dias atuais, ou seja, ela nunca trabalhou e é muito preguiçosa, até pra colocar comida pro gato.
     Então, do nada, como se fosse abracadabra, um cara surge em sua porta e fala que faz parte de um clube, o Kill Club, que são pessoas que vão em busca de coisas que a polícia já desistiu de procurar. E esse cara jura de pé junto que Ben é inocente. Libby começa a se lembrar que foi persuadida a confirmar que seu irmão era o real culpado, sendo que em nenhum momento ela realmente viu Ben matar alguém, ela só ouviu Ben na casa, a chamando.
 
“Não suporto olhar para as coisas que minha família tinha de verdade, aquelas caixas sob as escadas. Gosto mais das coisas dos outros. Elas chegam com a história das outras pessoas.”
 
     Depois de 25 anos após os assassinatos, Libby resolve procurar Ben na prisão, sendo que ela nunca nem quis lembrar que ele existia. Enfim, ao decorrer da conversa, mais dúvidas começam a surgir várias dúvidas em sua cabeça e ela começa a achar que ele é realmente inocente, mas ela não entende porque Ben insiste em não querer provar sua inocência, procurar provas que provem isso e ela também começa a achar que ele está querendo encobrir alguém.
     Depois dessa reviravolta, Libby começa a ir atrás de pistas, junto com o cara do Kill Club. Ela quer saber que fez isso e o porque de tudo.
 
“Eu tenho uma maldade dentro de mim, tão real quanto um órgão. Corte minha barriga e talvez ela escorra para fora, viscosa e escura, e caia no chão para que você possa pisar nela. É o sangue dos Day. Há algo de errado com ele.”
 
     Gillian sabe escrever tão bem que você se envolve tanto na história que começa a roer as unhas para saber o que vai acontecer, e sente as mesmas sensações que a Libby,´já que o livro é todo narrado por ela, quem matou a mãe e as irmãs da Libby, porque Ben não quer fazer mais nada a respeito disso.
     O livro é muito intenso, com coisas bem pesadas e marcantes, tanto é que depois de ler você fica pensando na sua vida e em algumas partes eu tive que parar, respirar, ir tomar uma água e depos voltar, porque não conseguia ler tudo direto.
     Enfim... Leiam Lugares Escuros, vale muito a pena se envolver com a nossa anti heroína (sabe DeadPool? Então...).
 
 
“Nunca posso alimentar esses pensamentos. Classifiquei essas lembranças como se fossem um lugar particularmente perigoso: um lugar escuro.”


Um comentário:

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